Símbolo da verticalização paulista, considerado o maior
arranha-céu da América Latina, o edifício passou por uma crise nos anos 60 e
70, onde virou abrigo de prostíbulos, casos de assassinatos e até hoje diz que
um espírito vaga pelos corredores a noite, conheça a história desse prédio.
Giuseppe Martinelli foi um imigrante italiano que chegou
ao rio de janeiro no final do século XIX e aos poucos foi trabalhando até
constrir um império de exportação no porto de santos. Devido ao seu sonho
antigo de ser engenheiro civil, ele decide criar um grande edifício na capital
paulista, meio como um presente por uma cidade que lhe acolheu e o transformou
em embargador.
O prédio começou a ser construído em 1924, com um projeto
inicial de 13 andares, o que já era um absurdo para a cidade na época, onde
dificilmente um edifício ultrapassava 5 andares. Conforme ia construindo, o
comendador ia se empolgando e aumentando cada vez mais o projeto, as vezes a
pedido da própria população, chegando aos gigantescos 25 andares.
Foi necessário um inquérito para provar que o prédio
realmente não iria cair, e mesmo após comprovado, a obra foi embargada para não
conter nenhum andar a mais, foi então que o embargador sobe uma casa de 5
andares no terraço, conhecida como casa do conde, para que a construção
complete 30 andares e seja considerada a maior da América Latina.
Apesar de todo o êxtase da construção, Martinelli não
conseguiu pagar pelo prédio, e teve de financia-o com uma empresa italiana, o
que traria problemas durante a segunda guerra mundial, quando a união toma o
prédio pra si, e muda o nome do edifício para “Edifício América”.
Com a decadência do governo nas décadas seguintes, o
prédio acaba sofrendo um abandono terrível, devido ao aluguel barato em zona do
centro, acaba sendo atrativo para as classes mais baixas, e é conhecido os
cabarés que funcionavam no subsolo do Martinelli, as escadas do prédio
funcionavam como um antro de prostituição
O prédio literalmente viraria um cortiço, uma favela
vertical. Em 1947, um crime brutal é cometido contra o garoto judeu Davidson,
violentado, estrangulado e jogado pelo poço do elevador, o assassino chamado de
“Meia Noite” foi preso e acabou confessando o crime.
Em 1950, primeiros anos que os abandonos se mostram
significativos, temos o depoimento de José Francisco Cascone, que trabalhava em
uma joalheria no 19º andar, ele diz:
“Das 8h às 17 horas havia atividades exclusivamente
comerciais, com circulação de clientes de joalheiros e alfaiates renomados, e
que entravam pela rua Líbero Badaró. Mas, a partir desse horário até 7 horas da
manhã, era um completo e perfeito prostíbulo, onde corria solto o tóxico, as
bebidas e o comercio do sexo. Os elevadores não eram usados e as escadas
serviam de passarela para os mais absurdos desfiles de prostituição.”
Com o passar dos anos a degradação vai ficando cada vez
intensa, casos de suicídio vão aparecendo e crimes começam a ficar frequentes,
um outro caso só que nos anos 60 que deu alguma repercussão foi o da menor
Márcia Tereza, que foi estuprada por 5 bandidos e depois morta, em um dos
apartamentos do prédio.
Conforme as pessoas iam tomando conta do prédio, a
higiene ficava cada vez mais decadente, há relatos que o lixo era despejado
diretamente nos poços de elevador, e que já chegou a altura do sexto andar,
apenas seis de seus elevadores funcionavam, e não podia se chamar, tinha-se que
gritar para que parasse no andar que estava.
Dizia-se que devido ao lixo acumulado, o prédio inteiro
tinha um odor forte e inconfundível, que muitos associavam com a própria morte,
segundo um relado de João Alves Vieira, um antigo frequentador do centro: “Dava
muito medo passar por perto do edifício, sempre a gente escutava histórias terríveis
de lá, cada uma pior que a outra”.
Devido ao constante abandono e a medida que traficantes e
prostitutas começaram a frequentar o prédio, abriu-se uma igreja no 17º andar
com o nome de “A Igreja do Deus Vivo”, fundada pelo pastor Sinésio Cagliari, e sua
esposa a missionária Elza Cagliari, talvez como ultimo recurso para recolher as
pobres almas perdidas que tanto frequentavam o prédio.
O conde Martinelli depois de reaver sua fortuna, tinha
ódio e vergonha de sua própria obra, dizia sua filha que quando tinha uma
viagem a negócios em São Paulo, ele fazia de tudo para não passar por perto do
prédio, e perceber que sua maior obra e tentativa de fazer um grande marco na
capital, tinha resultado em uma grande favela horizontal, abandonada e com
cheiro de morte.
Prefeito reabrindo o prédio
O prédio seria demolido se nos anos 70, o então prefeito
Olavo Setúbal não tivesse entrado com um processo de revitalização e
recupera-se o prédio para a prefeitura, reformando por completo e instalando
alguns órgãos públicos no prédio e vendendo alguns andares para grandes
empresas, foi durante as reformas que encontrou nos poços de elevadores
diversas ossadas e restos humanos.
Seria o fim do tormento do prédio? Nem tanto, até hoje há
quem diz que pelos corredores transita uma garota loira, de roupa branca com os
cabelos cobrindo a face, as vezes sem rosto algum, seria um espírito preso
pelas tragédias ocorridas no prédio? Alguns dizem que o espírito é dos tempos
da criação do prédio.
Há quem diz que o 8º andar é assombrado, principalmente
durante os anos 90 e inicio de 2000, que o mesmo era desabitado, perguntado a
uma funcionária como foi a mudança de seu setor para o andar, ela responde: “No
começo foi bem complicado, sentia-se uma sensação meio estranha e de fato aquele
andar era mais frio do que todos os outros do prédio”, por diversas vezes os
funcionários da limpeza e acessoristas escutam sons estranhos vindo dos andares
ainda desabitados (6º, 5º e 4º) assim como chamadas suspeitas de elevador.
Recentemente, o autor paulista de ficção André Vianco,
famoso por livros sobre vampiros, fala do prédio como o habitat de um de seus
vampiros no segundo capitulo do livro “O Turno da Noite” (onde de fato, pode se
ver a foto do prédio na capa), diz-se que ele usa a casa do conde, como
residencia, pelo seu aspecto clássico e sinistro de arquitetura, e a visão
ampla que tem da cidade, atualmente a casa do conde é usada como escritório de
gabinete do secretario municipal da habitação.
O tempo passou e uma construção de um sonhador italiano
até hoje trás medo e espalha terror na imaginação das pessoas, o prédio hoje é
aberto a visitas turísticas, onde pode se contemplar os grandes e frios
corredores e observar a casa do conde e toda sua vista estonteante (eu mesmo
por uma vez, já andei no para-peito desse prédio, causando terror na minha
companheira da época).
Será ainda hoje que o prédio ainda tem histórias para
contar? E esse dito espírito, ainda passeia pelo edifício durante as noites? Há
talvez mais espíritos aprisionados nele como o jovem Davidson ou a pobre
Márcia?
Será que algum funcionário ou visitante poderá ter algum
encontro sobrenatural no prédio, presenciar um poltergeist? Ele poderia ser
você...
Fonte: Sinistroao Extremo
eu sinceramente não estou com medo minha profe mandou falar sobre as assombrações de etc e to fazendo um trabalho resumido no word
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