sexta-feira, 14 de junho de 2019

Zé Pelintra: Entidade da malandragem no folclore brasileiro


Saudações galera atormentada. No texto abaixo voltaremos a falar de um assunto bem brasileiro: o Zé Pelintra. Zé Pelintra é uma entidade originaria do Catimbó nordestino e comumente incorporado em terreiros de Umbanda e Candomblé tendo seu culto difundido em todo o Brasil e no Mundo.

Zé Pelintra é uma entidade espiritual de origem afro-brasileira. É bastante cultuado e admirado na religião da Umbanda como um espírito boêmio, patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro.

Seu modo de vestir é bastante clássico e típico, Zé Pelintra é representado sempre trajando terno, geralmente de cor branca e mais raramente na cor preta, sapatos de cromo, gravata vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta (elegância é uma de suas principais características).


Apesar da entidade ter grande importância para os praticantes do catimbó (conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do país) Zé Pelintra é uma entidade mais presente na Umbanda.

Possui grande influência nas matas assim como possui também um enorme respeito pelos santos católicos, isso se deve pelo fato do próprio Zé Pelintra ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana em vida.


O malandro é conhecido por ser mulherengo, birrento e festeiro, quando os médiuns recebem a visita dessa entidade, podem crer, a alegria será garantida. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões que envolvem o lar e os negócios. É conhecido por ser um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

Muitas vezes Zé Pelintra é confundido com algum exu, isso se deve ao fato dessa entidade se manifestar também em sessões de exus, assim como também apresentar alguns trejeitos parecidos.


Existem diversas versões sobre a vida e a origem do malandro, mas a mais aceita entre seus seguidores diz ele teria nascido no povoado de Bodocó, no sertão pernambucano. Devido a terrível seca que assolava a região a família de José dos Anjos rumou para Recife. Mas infelizmente o menino José perdeu a mãe e o pai vítimas de uma doença desconhecida. Sem ter para aonde ir o menino se criou na rua em meio a malandragem, dormindo geralmente no porto e trabalhando como garoto de recados das prostitutas das redondezas. Cresceu tendo a noite como sua vida. Amava jogar dados e carteado, bebidas e principalmente as mulheres. Mulheres essas que ele tratava feito rainhas não importando a sua origem ou quem fosse. Não tardou até ser temido pela polícia devido a sua habilidade me manejar facas, poucos tinham coragem de o enfrentar no combate, seja ele armado ou desarmado. Mas apesar da valentia ele possuía um enorme coração, muitas vezes mandando para a casa jogadores bêbados que teimassem em jogar contra ele em estado de embriagues. Justo, leal, boêmio e malandro, essas são as características mais marcantes dessa entidade.


Uma outra versão do mito alude a José Gomes da Silva, nascido no interior de Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.


Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do "Povo da Malandragem", tendo como seu Orixá patrono Ogum. Já no Catimbó, é considerado um "mestre juremeiro".

Tanto na Umbanda como no Catimbó, Zé Pelintra é tido como um protetor dos pobres, uma entidade de enorme importância entre as classes menos favorecidas, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce. É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir.

Existem muitos relatos de avistamentos dessa entidade andando pelas ruas e sarjetas a noite, mesmo por aqueles que não possuem uma grande mediunidade ou até mesmo religiosidade. Já ouve relatos de pessoas que sentiram alguém as seguindo (geralmente em ruas desertas) e, ao olharem para trás se deram de cara com a figura do malandro sorridente a cumprimentar com a aba do chapéu, desaparecendo logo em seguida.

Apesar dessa ser uma entidade típica do folclore brasileiro, há relatos de que Zé Pelintra tenha sido incorporado em seções em outras partes do mundo, principalmente nos estados mais ao sul dos EUA e América Central em geral.


Fontes: Wikipédia e O Calafrio

Um comentário:

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