sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Cientistas criam submarino molecular que se move em alta velocidade


Umgrupo de cientistas da Rice University, no EUA, desenvolveu um novo tipo de nanossubmarino de molécula única capaz de atingir velocidades muito superiores às vistas até então e movidos graças à luz ultravioleta.

 Chamada de Unimolecular Submersible Nanomacine (USN), a novidade pode ser usada no futuro para acelerar o processo de entrega de medicamentos dentro dos nossos corpos.

As USNs são formadas por 244 átomos ajustados em uma formação bastante específica. Quando a molécula é excitada pela luz ultravioleta, a dupla ligação que mantém sua “cauda” presa ao corpo se transforma em uma ligação simples, permitindo que o propulsor faça um quarto de uma rotação.

 Ao tentar voltar para sua posição de repouso, o rotor se move em mais um quarto, processo esse que se repete enquanto a fonte luminosa permanecer ligada.


Quando o “motor” dá uma volta completa, o nanosubmarino avança cerca de 18 nanômetros. Como o propulsor funciona com mais de um milhão de rotações por minuto, ele é capaz de atingir uma velocidade máxima de quase 2,54 cm por segundo.

 Segundo James Tour, um dos químicos participantes, esse número é simplesmente absurdo se considerarmos a escala nanométrica. “Essas são as partículas com movimento mais rápido já vistas em uma solução”, disse ele.

Submarinos desgovernados
Atualmente, o que mais dificulta uma aplicação prática da novidade é o fato de que ainda não é possível controlar a direção para onde os nanossubmarinos avançam. 

No entanto, o estudo destaca que os motores moleculares conseguem se mover dentro de soluções com moléculas móveis com tamanhos similares. Segundo Tour, isso seria o mesmo que uma pessoa ser capaz de atravessar uma quadra enquanto outras mil arremessam bolas de basquete contra ela.



Segundo o time de pesquisadores, espera-se que versões mais sofisticadas das USNs poderão ser usadas para transportar cargas medicinais e outros tipos de substâncias. “Este é o primeiro passo e nós provamos [que] o conceito [funciona]. 

Agora precisamos explorar as oportunidades e aplicações em potencial”, disse um dos autores do estudo, Victor García-López.

Fonte: Tecmundo