No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro era a
capital do Brasil. Estava crescendo desordenadamente. Sem planejamento, as
favelas e cortiços predominavam na paisagem. A rede de esgoto e coleta de lixo
era muito precária, as vezes inexistente. Em decorrência disto, dezenas de
doenças se proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica,
Varíola, entre outras enfermidades.
Oswaldo Cruz
Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente
Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando
projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo
e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que
juntamente com o prefeito Pereira Passos, começam a reforma.
A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços,
expulsando seus moradores para as periferias, a criação das Brigadas
Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do serviço sanitário e
policiais que invadiam as casas, matando os insetos encontratos, etc. Essas
medidas tomadas causaram revolta na população, e com a aprovação da Campanha da
Vacinação Obrigatória, que obrigava as pessoas a serem vacinadas (os
funcionários responsáveis pelo serviço tinham que vacinar as pessoas mesmo que
elas não quisessem), a situação piorou. A população começou a fazer ataques à
cidade, destruir bondes, prédios, trens, lojas, bases policiais, etc. Esse
episódio da história brasileira ficou conhecido então como Revolta da Vacina.
Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia
Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A revolta popular fez com
que o governo suspendesse a lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a
rebelião, Alves coloca nas ruas o exército, polícia e marinha.
Ao final da revolta, o governo recomeça a vacinação da
população, tendo como resultado a erradicação da varíola na cidade.
Fonte: Info Escola
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