Estudo relativamente novo em relação a todas as áreas da
ciência, a genética pode ser decisiva para sabermos tudo sobre a origem do ser
humano. E essas pesquisas ganharam uma força especial nos últimos dias.
A descoberta do cadáver de um menino inca sacrificado no
ano de 1500 pode ser decisivo para mudar conceitos genéticos. Tudo porque ele
revelou uma nova linhagem genética da raça humana. Os cientistas, agora, irão
se aprofundar nessa questão.
Depois de estudar o cadáver, descobriu-se que trata-se de
um menino inca de sete anos que teria sido sacrificado para “agradar os
deuses”. À época, algumas pessoas, por serem consideradas saudáveis e bonitas,
eram oferecidas para os deuses.
O cadáver foi estudado nos últimos 30 anos por uma equipe
da Universidade de Santiago da Compostela, na Espanha. Encontrado na Argentina,
ele corresponde a uma linhagem genética desconhecida em populações que existam
hoje em dia. Por conta dele, foi criada uma nova ascendência genética, chamada
de C1bi.
Houve bastante dificuldade no estudo da múmia, apesar do
estado de conservação ser considerado bom pelos especialistas. Para melhores
resultados, os pesquisadores sequenciaram o genoma mitocondrial do menino
através de células pulmonares.
Depois do sequenciamento, foram feitas comparações com
nada menos do que 28 mil padrões genéticos encontrados no mundo. Nenhum deles
batia com o do menino. Deste modo, foi determinado que a múmia pode ter relação
com antepassados que surgiram há mais de 14 mil anos no Peru.