Na mitologia nórdica, Hela (Hel ou Hell[1] ) é filha de
Loki e da gigante Angurboda, irmã mais nova de Fenrir e da serpente de Midgard.
Hel foi banida por Odin para o mundo inferior que recebeu
seu nome, Helheim, que fica nas profundezas de Niflheim. Helheim fica às
margens do Rio Nastronol, que equivale ao Rio Aqueronte da mitologia grega. Lá,
recebeu o poder de dominar nove mundos ou regiões, onde distribui aqueles que
lhe são enviados, isto é, aqueles que morrem por velhice ou doença.
como agradecimento por fazê-la governante do mundo
inferior, Hela deu a Odin os seus dois corvos Huginn e Munnin, que são os
mensageiros entre Asgard e os outros reinos.
Seu palácio chama-se Elvidner, sua mesa era a Fome, sua
faca, a Inanição, o Atraso, seu criado, a Vagareza, sua criada, o Precipício,
sua porta, a Preocupação, sua cama, e os Sofrimentos formavam as paredes de
seus aposentos. O reino de Hela era guardado pelo cão Garm.
Hela podia ser facilmente reconhecida, uma metade de seu
corpo era de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrível em
decomposição.
A personalidade da deusa Hel difere das dos deuses do
mundo inferior das demais mitologias: Ela não é boa e nem má, simplesmente
justa. Quando os espíritos dos bondosos, dos doentes e dos idosos eram trazidos
à sua presença, ela cuidava deles e lhes dava conforto. Mas àqueles a quem ela
julgava como maus, impiedosamente os arremessava nas profundezas geladas de
Niflheim.
De acordo com as lendas, Hela não podia ser derrotada em
seu mundo e nenhum deus se dispunha a enfrentá-la em seus domínios, nem mesmo
Odin ou Thor.
Não há nenhuma passagem ou relato que diz que a deusa,
alguma vez, deixou os seus domínios mesmo que por um instante (como Hades, por
exemplo, que saiu do submundo para sequestrar Perséfone).
De acordo com as lendas, Hela também não teve
participação no ragnarok, preferindo ficar em seus domínios e não tomar partido
nenhum.
A cidade de Hel chamada de Valgrind, era povoada por
trolls, encarregados de levar os inimigos das divindades para serem
"cozidos" no borbulhante caldeirão Hvergelmir. Próximo a este
caldeirão estava a fonte que o alimentava, e ali também estava a raiz "infernal"
de Yggdrasil, escondida do dragão Nidhogg, que roía sem cessar.
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