sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Conheça todas as armas usadas pelos Monges Shaolin



Algumas das matérias mais populares do nosso site são sem dúvida aquelas onde damos uma olhada nas armas que foram utilizadas por grupos históricos, sejam eles vikings, cowboys, ninjas, samurais, espiões ou gladiadores. Hoje, porém, nós vamos dar uma olhada nas armas utilizadas pelos famosos monges shaolin, que ficaram conhecidos na mídia por suas incríveis performances e feitos aparentemente sobre humanos.

Mas antes de começarmos nós temos de explicar algumas coisas, primeiro de tudo o que são monges shaolin? Eles são monges budistas que além de realizarem rituais religiosos também praticam o chamado Shaolin Kung Fu. Além disso é bom saber que cada templo Shaolin tem suas próprias regras e treinamentos, então o que você vai ler abaixo será uma mistura de todos eles.



A primeira arma de um monge shaolin são seus punhos, desde cedo (alguns começam a treinar com apenas 6 anos de idade) eles são ensinados a treinar os seus punhos, eles fazem isso repetindo o mesmo movimento várias vezes e depois acertando coisas com seus socos, como pedaços de madeira, bacias cheias de água e até bacias cheias de areia. Conforme eles vão ficando mais fortes eles mudam os materiais para coisas mais duras, e também aumentam o número de socos dados, que às vezes passam dos 1000 por dia dependendo do treinamento.



Além de seus punhos os monges também treinam a força de seus dedos, eles fazem isso "cutucando" árvores, pedaços de madeira e outros objetos várias vezes seguidas por anos a fio, no fim esses objetos ficam marcados com as cutucadas que eles receberam durante as décadas de treinamento.
Como se isso não bastasse, eles também fazem flexões usando apenas os dedos e ainda usam eles como martelos, ou seja, para enfiar pregos em pedaços de madeira, depois eles puxam os pregos até eles saírem da madeira.



E, claro, nós também temos de falar das pernas dos monges, que são tão treinadas quanto seus braços, punhos e dedos. E o treinamento é praticamente o mesmo de qualquer outra parte do corpo, eles chutam superfícies duras várias vezes por dia, normalmente pedaços de madeira e até mesmo pedras.




Por último, vamos falar sobre um treinamento muito incomum chamado de Tie Tou Gong, que visa fortalecer a cabeça dos praticantes. Esse método envolve bater objetos diretamente contra a cabeça e também bater a cabeça (normalmente enrolada em um pano) contra superfícies duras.



Bom, agora que cobrimos o corpo deles vamos falar das armas de verdade, começando com o bastão Bodhidharma, que também é conhecido como Bastão Shaolin. Ele na verdade não tem nada de especial, é apenas um bastão de madeira que mede cerca de um metro e oitenta de comprimento. Pode ser usado para golpear, bloquear e desviar ataques inimigos.

Muitos acreditam que os shaolin adotaram esses bastões porque eles eram fáceis e baratos de serem feitos, e também porque eles são monges, ou seja, pacifistas, e por isso não gostavam de usar armas como espadas, que matavam até por acidente. Mas isso são apenas especulações.




E falando em espadas nós temos a Jian, muito usada em apresentações ela é uma espada reta de dois gumes que vem sendo utilizada durante os últimos 2.500 anos na China. No folclore chinês, elas são conhecidas como "O Cavalheiro das Armas" e "Espada Tai Chi".

Originalmente elas eram feitas de bronze, depois foram feitas de aço, mas existem algumas jian, provavelmente cerimoniais, que foram esculpidas de uma única peça sólida de jade. O peso de uma espada média de 70 centímetros de comprimento de lâmina é de aproximadamente 700 a 900 gramas.



A Jiu Jie Bian é uma espécie de chicote de corrente, ela é composta por diversas hastes de metal, que são unidas ponta a ponta por anéis, formando então uma corrente flexível. Geralmente essa arma possui um cabo em uma extremidade e um dardo de metal, usado para cortar ou perfurar o oponente, na outra.
Uma bandeira de pano é frequentemente fixada na extremidade da arma ou perto dela e uma segunda bandeira pode cobrir o cabo da corrente. As bandeiras produzem um som enquanto o chicote balança no ar, o que faz dela perfeita para apresentações públicas.



O Guan dao, conhecido também como "A Lâmina do General", é uma lâmina pesada que é montada no topo de um bastão de 1,5 a 1,8 metros. O "guandao de teste" mais pesado conhecido, que reside em um museu em Shanhaiguan, pesa 83 kg.

De acordo com a prática contemporânea do Wushu (Kung Fu), seu objetivo seria mais desarmar um oponente e desviar seus ataques do que atacar, por isso um grande véu é preso na extremidade da arma, para dissuadir e confundir os oponentes. No entanto, não há evidências disso ser verdade.



Os shaolin também são fãs do Sanjiegun, que é um bastão de madeira que pode ser dividido em três partes, com cada parte sendo conectada por um pedaço de corda ou corrente.

Historicamente feitos de carvalho branco, madeira de cera ou bordo vermelho chinês, as versões modernas são construídas de rattan, bambu, madeiras nobres ou até de alumínio. Para um ajuste ideal, cada um dos três bastões deve ter aproximadamente o comprimento do braço do combatente (geralmente 60 a 70 centímetros) e ter um diâmetro combinado que caiba facilmente na mão (32 mm em média).



O Shéng Biāo nada mais é do que um dardo amarrado em uma corda, que pode ter até 3 metros de comprimento. Basicamente eles jogam o dardo no oponente e usam a corda para puxar o dardo de volta, mas em apresentações eles fazem movimentos muito mais complicados, chegando até mesmo a chutar o dardo em alvos específicos.



Essa arma aqui é... bom... é uma bengala. Ela provavelmente começou a ser usada por ser algo que eles podem facilmente carregar por aí e também por ser uma arma não letal, mas isso são novamente apenas especulações.



Uma Yuèyáchǎn, Monk's Spade ou Shaolin Spade, é uma arma de origem chinesa que consiste em uma vara longa com uma lâmina plana em forma de pá em uma extremidade e uma lâmina menor em forma de lua crescente na outra.
Segundo lendas locais, na China antiga os monges budistas muitas vezes carregavam consigo pás ("spades" em inglês) quando viajavam. Isso tinha dois propósitos: se encontrassem um cadáver na estrada, poderiam enterrá-lo adequadamente seguindo os ritos budistas, e o instrumento também poderia servir como arma, para defesa contra bandidos.



Essa espada se chama Dao, ou Shaolin Broadsword, ou Sabre Chinês, bom, independente do nome ela serve apenas um propósito, cortar coisas e pessoas.
O tamanho e material dessas espadas sempre varia, e sua lâmina pode ser reta ou curvada. Essa espada é tão popular na China que ela foi até mesmo utilizada na Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945).



A Qiang é uma lança, as características mais comuns da lança chinesa são a lâmina em forma de folha e a borla vermelha de crina de cavalo amarrada logo abaixo da lâmina.
O comprimento dessas armas varia de cerca de 2,5 m de comprimento até 6 m. As lanças de artes marciais são normalmente feitas de madeira de cera, uma madeira mais leve e flexível, mais adequada para performances, elas são comumente chamadas de "lanças de flores".



As marretas shaolin tem dois propósitos, claro, elas podem facilmente ser usadas como armas letais, mas muitos consideram elas apenas ferramentas para malhar, sendo basicamente pesos para fortalecer os braços dos monges.


Fonte:https://www.realworldfatos.com/2023/11/conheca-todas-as-armas-usadas-pelos-monges-shaolin.html

Curiosidades sobre países

Seja muito bem-vindo a mais uma parte de nossa série sobre curiosidades e fatos de países que você provavelmente nem fazia ideia. Afinal são mais de 190 países, cada um com sua própria cultura e suas próprias curiosidades. Então leia essa matéria e se entretenha conosco mais uma vez.


Quando Saddam Hussein se escondeu em bunkers muito profundos para qualquer bomba no inventário dos EUA atingir ele, os americanos encheram um barril de artilharia de aço temperado de quase 5 metros com explosivos e o lançaram do ar, criando assim a primeira bomba anti-bunkers do país. O Iraque retirou-se do Kuwait no dia seguinte.




Durante a Segunda Guerra Mundial os japoneses tinham uma unidade secreta de pesquisa de guerra biológica chamada Unidade 731, ela realizava experimentos humanos letais, incluindo a infecção de prisioneiros com a peste, DSTs, realização de vivissecções sem anestesia e muito mais.
Estima-se que 200 mil a 300 mil pessoas foram brutalmente assassinadas nessas pesquisas. Mas no fim eles não foram exatamente punidos, isso porque os EUA queriam as suas pesquisas para eles.



Os famosos chapéus Panamá podem levar até 8 meses para serem produzidos por um mestre tecelão, a um preço de US$ 200 por chapéu. Os melhores chapéus são vendidos fora do Equador por 50 vezes o que o tecelão recebe.



As Cavernas Longyou são uma misteriosa rede de cavernas artificiais chinesas com mais de 2.000 anos de idade. Elas nunca foram registradas em nenhum documento histórico e só foram redescobertas por fazendeiros locais em 1992. Até hoje ninguém sabe pra que elas foram feitas e nem como elas foram feitas.



Você nunca nem deve ter imaginado isso, mas existe uma diferença entre Whisky e Whiskey. "Whisky" se refere a destilados de grãos escoceses, canadenses e japoneses, enquanto "Whiskey" se refere a destilados de grãos irlandeses e americanos.



O francês Michel de Montaigne (1533–1592) foi o primeiro autor a descrever suas obras como ensaios. Ele usou o termo para caracterizá-los como "tentativas" de colocar seus pensamentos por escrito.



A primeira alegação de insanidade bem-sucedida em um julgamento nos Estados Unidos foi em 1859, ela foi feita pelo congressista e futuro general da Guerra Civil Daniel Sickles, que estava sendo acusado pelo assassinato do amante de sua esposa, o promotor distrital dos Estados Unidos Phillip Key.



Albert Severin Roche, um soldado francês famoso por suas ações, foi encontrado dormindo durante o serviço e condenado à morte por isso. Um mensageiro chegou pouco antes de sua execução e contou a história toda, aparentemente Albert rastejou por 10 horas sob fogo inimigo para resgatar seu capitão e depois desmaiou de exaustão.
Mais bizarro ainda é que o soldado condecorado viria a falecer não na guerra, mas sim ao ser atropelado a caminho do seu emprego em 1939.



O Egito tinha uma província chamada 6 de Outubro (6th of October Governorate), cuja capital era a Cidade 6 de Outubro (6th of October City).

O nome da província comemorava a travessia dos militares egípcios do Canal de Suez em 6 de outubro de 1973 durante a Guerra de Outubro. A data 6 de outubro também é o Dia das Forças Armadas do Egito.



Os Estados Unidos são o único país a sediar Copas do Mundo da FIFA consecutivas no formato masculino e feminino. Os EUA sediaram o torneio feminino em 1999 e serviram como anfitriões de emergência em 2003 devido a um surto de SARS na China.



O português é a língua mais falada ao sul do Equador, graças em grande parte aos portugueses terem colonizado diversos países.



O ditador da Uganda Idi Amin sugeriu publicamente que ele e o presidente da Tanzânia participassem de uma luta de boxe para determinar o resultado da Guerra Uganda-Tanzânia em 1979. Felizmente esta proposta foi ignorada e Idi Amin foi forçado ao exílio.



A ilha de Ameland, na Holanda, eliminou o vermelho na luz dos postes e nas plataformas marítimas próximas, eles fizeram isso porque as aves migratórias aproveitavam a luz para se comunicar a noite toda, para piorar as luzes fortes desorientavam as bússolas internas das aves, causando exaustão nelas.



Depois que o imperador persa Khosrow I saqueou Antioquia no ano de 540, ele fundou a cidade de Weh Antiok Khusrow, que se traduz como "melhor do que Antioquia, Khosrow construiu isso".



A porcentagem de DNA neandertal em humanos modernos é zero ou quase zero em pessoas de populações africanas, e cerca de 1 a 2% em pessoas de origem europeia ou asiática.



Bangladesh tem o recorde de tempestade tropical mais mortal da história, com 300.000 a 500.000 mortes. Cerca de 35% da área do país está a menos de 6 metros acima do nível do mar, e mais de 20% de todo o país está submerso sob as inundações anuais dos rios em um ano médio.



Kinamutay é uma arte marcial comumente associada as Filipinas, mas ela é bem diferente das artes marciais que você deve conhecer, ela incorpora e enfatiza morder e arrancar os olhos do oponente, já que qualquer pessoa, independente de sua força física, consegue fazer isso de maneira relativamente fácil.



O bombardeiro soviético Tupolev Tu-4 era uma cópia de engenharia reversa do americano B-29. O avião inteiro foi baseado em quatro aeronaves B-29 capturadas em 1944, que então foram desmontadas e estudadas para que eles pudessem copiar o design delas.



A Middlemist Red Camellia, considerada uma das flores mais raras da Terra, só pode ser encontrada em dois lugares: um jardim na Nova Zelândia e uma estufa no Reino Unido.

Geraldine King, jardineira da Chiswick House & Gardens, disse que na época do duque, um exemplar dessa flor valeria o equivalente a £ 3.200.



Em 2020, um novo tipo de plesiossauro extinto do fundo do mar foi descoberto na Noruega. Apesar de ter de 5 a 5,5 metros de comprimento, a cabeça do réptil marinho era minúscula, com apenas 20 centímetros de comprimento. Ele também tinha um cérebro pequeno, olhos extremamente grandes e provavelmente comia lulas.


Fonte; Real World Fatos 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A lenda dos Índios Morcegos




Existe uma lenda antiga, contada pelos apinajés e que até hoje é conhecida: A lenda dos índios morcegos. Quem vive na região próxima da Serra do Roncador afirma que a história é real e que em algum lugar daquelas matas, os índios morcegos ainda voam pelas noites com seus machados nas mãos.


No ano de 2014 foi ao ar aqui no blog Noite Sinistra uma postagem que falava dos "Mistérios da Serra do Roncador", na qual abordávamos estranhos fatos e lendas em torno desse bela região brasileira. Hoje falaremos de uma lenda específica da região Barra do Garças, que fala de um grupo indígena local conhecido como "Índios Morcegos". Convido a todos a conhecerem mais essa matéria da série "Histórias e Lendas Brasileiras".



A lenda contada pelos Apinajés

No sertão de São Vicente, que se estende próximo ao Araguaia, existe a montanha Morcego. Nela há uma grande caverna com uma entrada em baixo, enquanto que bem no alto há um espécie de janela. Ali moravam antigamente os kupe-dyep, seres de forma humana, mas com asas de morcego. Um apinajé flechara um veado perto da rocha do Morcego e acampara ali a noite porque já era tarde. Mas, enquanto ele dormia, os kupe-dyeb vieram voando esmagando seu crânio com seus machados. Como ele já estivesse há muito tempo ausente, seus parentes seguiram as suas pegadas e acharam seu cadáver.


Em torno dele, viram também muitas pegadas, mas nenhum traço da chegada ou partida dos malfeitores. Por causa disso durante muito tempo os apinajés evitaram passar a noite naquela região, até que um dia dois caçadores e um menino decidiram acampar ao pé da rocha do Morcego. Depois do anoitecer, ouviram cantos vindos de dentro da montanha. Então o menino ficou assustado e se escondeu em uma moita longe do acampamento dos dois homens. Logo após, os morcegos vieram voando e mataram os dois caçadores, mas o menino escapou, e na aldeia contou o que ocorrera.



Artesanato da região simbolizando os Índios Morcegos

Então os guerreiros apinajés de todas as quatro aldeias saíram juntos para destruir os kupe-dyep. Quando eles chegaram à rocha do Morcego, imediatamente ocuparam a entrada da caverna, onde amontoaram lenha. Enquanto isso, outros procuravam fazer uma volta para alcançar a janela da caverna. Mas isto era mais difícil do que haviam suposto, e eles ainda não tinham alcançado o seu objetivo, quando aqueles que tomavam conta da entrada puseram fogo à pilha.


Assim os kupe-dyep voaram em atropelo pela abertura superior, sem serem feridos pelas setas dos apinajés. Eles voaram pra o sul, e diz-se que ainda estão vivendo em algum lugar por lá. Quando a fumaça diminuiu, os guerreiros apinajés penetraram na caverna, achando um grande número de machados abandonados pelos kupe-dyeb em sua fuga. Bem no fundo da caverna, escondido por uma pedra, um menino de cerca de seis anos de idade. De início, eles queriam mata-lo, mas um índio decidiu criá-lo e levou-o consigo.


Quando os apinajés em sua viagem fizeram seus leitos de folhas de palmeiras no chão, determinaram também o lugar onde deveria dormir o pequeno kupe-dyeb, mas ele não ficou deitado: chorava e olhava constantemente para o céu. Como não queria deitar-se de modo algum, seu dono teve subitamente uma ideia. Lembrou-se de que na morada dos kupe-dyep não havia camas no chão nem tão pouco postes para dependurar redes, mas havia muitas vigas horizontais.


Trouxe um varapau e o colocou horizontalmente apoiado nas forquilhas de galhos de duas pequenas árvores vizinhas. Logo que o menino viu isso, trepou em uma das árvores de tal modo que se dependurou no vara pau pelos joelhos, a cabeça para baixo. Encolheu a cabeça, cobriu o rosto com os braços cruzados, e então dormiu calmamente nesta posição.


Este menino viveu pouco tempo entre os apinajés, pois morreu logo. Um dia eles o observaram deitado no chão cantando. “U-ua Klunã Klocire! Klud pecetire!” Então, ele agarrou o cangote com as mãos. Quando os apinajés perguntaram-lhe sobre isto, disse que seus companheiros de tribo dançavam daquele modo. Os apinajés ainda cantam a canção do kupe-dyeb.


*Conto narrado entre os Apinajés por Curt Nimuendaju e publicado em seu livro The Apinayé (versão inglesa de Robert H. Lowie, The Catholic University of America Press, Washington, 1939, págs. 179-180).


O assunto segundo o explorador Carl Huni
“Acredita-se que os habitantes das cidades subterrâneas são descendentes dos atlantes, seus construtores, mas não se pode saber com certeza. O nome da cadeia montanhosa onde estão as cidades subterrâneas é Roncador, ao noroeste de Mato Grosso. Quem vá procurar tais cavernas põe a sua vida nas próprias mãos. Quando estive no Brasil, ouvi falar muito delas, mas desisti de pesquisá-las porque ouvi que as entradas dos túneis estavam fortemente guardadas e vigiadas pelos índios morcegos”, dizia em seu livro de viagens o explorador norte-americano Carl Huni.


De acordo com relatos, tais índios teriam pele escura e seriam de pequeno porte, mas com grande força física. “Seu olfato é mais desenvolvido do que o dos melhores cães de caça. Mesmo se eles o aprovarem e lhe deixarem entrar nas cavernas, receio que estará perdido para o mundo presente, porque guardam um segredo muito cuidadosamente e não podem permitir que aqueles que entrem voltem”. Os índios morcegos vivem em cavernas e saem à noite para a floresta circunvizinha, mas não têm contato com os moradores. Habitariam uma cidade subterrânea na qual formam uma comunidade auto-suficiente, com uma população considerável.


“Sei que uma boa parte dos imigrantes que ajudaram na revolta do general Isidoro Dias Lopes, em 1924, desapareceu nestas montanhas e nunca mais foi vista. Foi sob o governo do doutor Bernardes, que bombardeou São Paulo durante quatro semanas. Finalmente fizeram uma trégua de três dias e permitiram que 4.000 praças, principalmente alemães e húngaros, saíssem da cidade. Cerca de 3.000 deles foram para o Acre, no noroeste do Brasil, e cerca de mil desapareceram nas cavernas. Ouvi a história muitas vezes. Se me lembro bem do local onde desapareceram, foi na extremidade sul da Ilha do Bananal, perto das Montanhas do Roncador”, insiste Huni em sua obra.


Uma estranha peça de museu
O Museu de História Natural Wilson Estevanovic surgiu de uma ideia da família Estevanovic há mais de noventa anos. Na época, Wilson, idealizador do museu que leva seu nome, colecionava as primeiras peças do acervo que compõem a mostra permanente dos dias atuais. As dificuldades eram muitas. Por falta de um lugar fixo para expor os objetos, Wilson ia de cidade em cidade apresentando o acervo aos curiosos nos lugares onde ele instalava a mostra itinerante. Os anos passaram e hoje, os problemas ainda são grandes, mas graças à luta da família, o museu conta com uma sede própria.


No museu de História Natural Wilson Estevanovic pode-se observar uma peça que chama a atenção do público: uma criatura que não é morcego, tem parte humana com características de macaco, asas separadas do braços, garras nos pés e nas mãos, e uma estatura de 35 cm. Para os ufólogos, a criatura pode ter uma ligação com a lenda indígena dos índios morcegos.







Um povo extraterrestre?

A descrição dos índios morcegos lembra muito a aparição de homens-alados, registrados nos anais da Ufologia mundial, como no sul do Brasil, nos anos 60, e nos céus da cidade espanhola de Barcelona, nos anos 90. Estariam associados aos humanóides, ocupantes dos UFOs? Seriam eles os responsáveis pelas abduções de mais de mil pessoas? Uma dessas grutas habitadas pelos índios morcegos ficaria perto do Rio das Mortes, entre os paralelos 14 e 15, e está indicada no livro de Leo Doctlan Minha Vida com uma Vestal [Editora Sananda, 1997], como a entrada para a cidade subterrânea, para onde uma adolescente – a atual esposa de Luvison – foi levada. Depois de submetida a um processo de alteração molecular e de registros mentais, que se chama abdução, foi revelado a ela que sua missão terminaria com a formação de sete discípulos e que, após isso, poderia voltar e viver junto com eles.




Revista “SINA”, edição de novembro de 2007, nº 10, de múmias de “índios morcegos” que guardavam a entrada da caverna da Serra do Roncador

Os 10 lugares mais poluídos do mundo — e habitados?


Atualmente, mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo estão expostas à poluição tóxica em níveis superiores aos tolerados pelas organizações internacionais de saúde. Essas populações vivem em regiões contaminadas por metais pesados, pesticidas e até por substâncias radioativas, como o césio. À frente de ações de monitoramento e mitigação de impactos, a organização ambiental Blacksmith Institute listou as 10 regiões que mais com sofrem com os poluentes tóxicos.



Agbogbloshie, Gana
Poluente: Chumbo
População afetada: 40 mil +

Agbogbloshie, na Gana, é a segunda maior área de processamento de lixo eletrônico na África Ocidental. Devido à composição heterogênea desses materiais, reciclá-los com segurança é complexo e pode exigir um elevado nível de habilidade. Na maior parte do tempo, não é isso o que ocorre em Gana, o que eleva o risco de contaminação.
Através de processos de reciclagem informais, o chumbo é frequentemente liberado no meio ambiente sem controle de segurança ambiental. As principais formas de contaminação se dão pela ingestão de alimentos ou água contaminados e por inalação de partículas de poeira da substância, que pode se armazenar por até 30 anos no tecido ósseo. Os efeitos da exposição ao chumbo são devastadores e incluem danos neurológicos e redução de QI.


Rio Citarum, Indonésia
Poluente: Produtos químicos, incluindo chumbo, cádmio, cromo e pesticidas
População afetada: 500 mil + diretamente e até 5 milhões indiretamente

A Bacia do Rio Citarum em Bandung, Indonésia, ocupa uma área de aproximadamente 13.000 quilômetros quadrados, que abrange uma população de 9 milhões de pessoas. O rio fornece 80% das águas para abastecimento em Jacarta, irriga fazendas que fornecem 5% do arroz da Indonésia, e é uma fonte de água para mais de 2.000 fábricas.
Mas a água deste rio também contém uma gama de contaminantes oriundos de fontes industriais e domésticas. Investigações de campo realizadas pelo Blacksmith Institute encontraram níveis de chumbo em mais de 1.000 vezes a norma internacional para água potável. As concentrações de alumínio, manganês e ferro no rio também estão bem acima do nível de metais pesados considerado seguro pela EPA.


Hazaribagh, Bangladesh
Poluente: Cromo
População afetada: 160.000 +

Processos industriais são os principais responsáveis pela poluição através do chamado cromo hexavalente, a forma mais perigosa deste metal pesado e altamente cancerígeno. As indústrias que mais contribuem para a contaminação envolvem operações de tratamento de metais, soldagem de aço inoxidável, produção de cromato e processo de curtimento de couro. Existem nada menos do que 270 curtumes registrados em Bangladesh, e a maioria está localizada em Hazaribagh.
Os métodos de processamento utilização são antigos, desatualizados e ineficientes. Todos os dias, os curtumes despejam coletivamente 22.000 litros cúbicos de resíduos tóxicos no Buriganga, principal rio de Dhaka. As comunidades locais utilizam a água contaminada para vários fins, incluindo irrigação de cultivos, higiene pessoal e para lavar louças e roupas.


Norilsk, Rússia
Poluente: cobre, óxido de níquel, outros metais pesados
População afetada : 135 mil

Norilsk é uma cidade industrial fundada em 1935. As operações de mineração e fundição começaram na década de 1930 e fizeram da região o maior complexo de fundição de metais pesados do mundo. Cerca de 500 toneladas de óxidos de cobre e de níquel, além de 2 milhões de toneladas de dióxido de enxofre, são lançadas anualmente no ar. A expectativa de vida para os trabalhadores de fábrica em Norilsk é de 10 anos abaixo da média russa.
Embora o número exato de pessoas potencialmente afetadas pela poluição em Norilsk seja desconhecido, estima-se que mais de 130 mil moradores da região estão sendo expostos a material particulado, dióxido de enxofre, metais pesados e fenóis. Estudos anteriores descobriram elevado concentrações de cobre e níquel  o solo de quase todos os lugares dentro de um raio de 60 quilômetros da cidade. Isso levou ao aumento dos níveis de doenças respiratórias e câncer dos pulmões e do sistema digestivo.


Dzerzhinsk, Rússia
Poluente: Produtos químicos e subprodutos tóxicos de inúmeros processos químico-industriais
População afetada: 300 mil

Durante o período soviético, Dzershinsk foi um dos principais locais da Rússia para fabricação de produtos químicos, incluindo armas químicas. Hoje em dia, é ainda um centro significativo da indústria química russa. Entre 1930 e 1998, cerca de 300.000 toneladas de resíduos químicos foram indevidamente depositados na cidade e em áreas circundantes.
Em 2007, amostras de água tomadas dentro da cidade apresentaram níveis de substâncias químias tóxicas milhares de vezes acima dos níveis recomendados. Isso levou o Livro de Recordes do Guiness Book a citar Dzershinsk como a cidade mais poluída do mundo no mesmo ano. Nos últimos anos, esforços têm sido realizados para fechar instalações obsoletas e restaurar a terra contaminada. Um estudo de 2006 revelou que a expectativa média de vida em Dzershinsk é de 47 para as mulheres e apenas 42 para os homens.


Matanza-Riachuelo, na Argentina
Poluentes: compostos orgânicos voláteis, incluindo tolueno
População afetada: 20 mil +

A bacia do rio Matanza-Riachuelo, na Argentina, tem mais de 60 quilômetros de extensão e abriga um sem número de fabricantes de produtos químicos. Estima-se que 15 mil indústrias estão ativamente lançando efluentes no rio, que corta 14 municípios. Um estudo publicado na Revista Latino-Americana de Sedimentologia e Análise de Bacia, em 2008, revelou que o solo nas margens do rio continha níveis de zinco, chumbo, cobre, níquel e cromo bem acima dos níveis seguros.
Acredita-se que 60% das cerca de 20 mil pessoas que residem perto da bacia do rio vivem em território considerado impróprio para a habitação humana. Doenças diarreicas, doenças respiratórias e câncer estão entre os problemas de saúde pública associados aos vários setores da bacia.


Chernobyl, Ucrânia
Poluente: poeira radioativa, incluindo urânio, plutônio, césio-137, estrôncio-90, e outros metais
População afetada: Até 10 milhões

Chernobyl é reconhecido internacionalmente como um dos piores desastres nucleares da história. Na noite de 25 de abril de 1986, o teste na usina provocou um colapso do núcleo do reator, liberando mais de 100 vezes a radioatividade das bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Cerca de 150 mil quilômetros quadrados de terra foram afetados no acidente.
O reator foi enterrado em uma caixa de concreto projetado para absorver a radiação e conter o combustível remanescente. No entanto, a estrutura tinha intenção de ser uma solução temporária e projetada para durar não mais do que 30 anos. Hoje, existem mais de uma dúzia de radionuclídeos artificiais como o césio-137 que podem ser detectados na superfície do solo ao redor da planta. A ingestão de alimentos produzidos em áreas contaminadas continua a ser a principal via de intoxicação, como resultado da exposição prolongada de baixa dosagem.


Kabwe, Zâmbia
Poluente: Chumbo
População afetada: 300.000 +

Kabwe, a segunda maior cidade da Zâmbia, está localizada a cerca de 150 quilômetros ao norte da capital do país, Lusaka. Um estudo de saúde feito em 2006 descobriu que, em média, os níveis de chumbo no sangue das crianças em Kabwe ultrapassam os níveis recomendados em até dez vezes.
Este é o resultado de contaminação a partir de mineração de chumbo na área, que fica ao redor do Copperbelt. Em 1902, ricas jazidas de chumbo foram descobertas, conduzindo operações de mineração e fundição por mais de 90 anos. Apesar das minas terem sido fechadas, a atividade artesanal em pilhas de rejeitos continua. Crianças que vivem brincando no solo e jovens garimpeiros na área estão em maior risco.


Kalimantan, na Indonésia
Poluente: Mercúrio e cádmio
População afetada: 225.000 +

Kalimantan é a parte indonésia da ilha de Bornéu. Em duas de suas cinco províncias, a mineração artesanal de ouro em pequena escala constitui a principal fonte de renda para 43 mil pessoas. A grande maioria dos mineiros utilizam mercúrio no processo de extração de ouro. Ele auxilia o processo de purificação do metal conhecido como "amalgamação", sendo liberado na forma de vapor no meio ambiente.
Os trabalhadores, que lidam dia-a-dia na atividade garimpeira, são os mais suscetíveis a aspirar esse vapor tóxico e imperceptível. A contaminação também pode acontecer por ingestão de peixes oriundos de águas poluídas.


Delta do Rio Níger, na Nigéria
Poluente: Petróleo
População afetada: indeterminada

O Delta do Rio Níger é uma região densamente povoada que se estende por cerca de 70.000 km2 e representa quase 8% do território da Nigéria. É fortemente poluído por petróleo e hidrocarbonetos, uma vez que a região tem sido palco de grandes operações petrolíferas desde o final da década de 1950. Entre 1976 e 2001, havia cerca de 7.000 incidentes envolvendo derrames de petróleo, onde a maior parte do óleo nunca foi recuperado.
Uma média de 240 mil barris de petróleo são derramados no delta do Níger a cada ano devido a falhas mecânicas e muitas causas desconhecidas. Os vazamentos não só contaminam a água superficial e subterrânea do delta, mas também o ar ambiente e as culturas agrícolas locais, além de afetar a saúde da população. Um artigo publicado no Nigerian Medical Journal, em 2013, estima que a poluição generalizada pode levar a uma redução de 60% na segurança alimentar das famílias e um aumento de 24% dos casos de desnutrição infantil.


Fonte:https://borgesengenheiro.blogspot.com/2013/11/os-10-lugares-mais-poluidos-do-mundo-e.html